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Servidores da BC relatam suas experiências de trabalho no ano de 2021

Ano foi marcado por desafios em cada área de atuação da Biblioteca Central da UFPB
publicado: 27/12/2021 16h02, última modificação: 18/10/2022 10h43

Em decorrência do impacto causado pela pandemia de Covid-19, atuações remotas e presenciais em diversos setores da Biblioteca Central da Universidade Federal da Paraíba (BC/UFPB) foram mediadas pelo grande uso de tecnologias e redes sociais, em um ano marcado por desafios em cada área da BC.

Para detalhar como foi a experiência de trabalho neste período tão delicado, ainda sob forte impacto da pandemia de coronavírus, veja relatos dos chefes das três divisões da BC, bem como as impressões de dois estagiários. São visões acerca de suas atividades funcionais, bem como dos serviços prestados por cada setor no decorrer de 2021.

O chefe da Divisão de Processos Técnicos (DPT), Ruston Sammeville, por exemplo, expõe sobre os desafios impostos por conta da mudança para o trabalho remoto. “Adaptar a rotina e o fluxo de trabalho para o home office, priorizando os atendimentos aos usuários da UFPB, mantendo os prazos e a qualidade dos serviços prestados”, destacou.

De acordo com Sammeville, apesar da flexibilidade que o trabalho remoto permite, isso requer maior dedicação e foco do funcionário em meio às distrações do ambiente doméstico. “É preciso disciplina para evitar distrações, mantendo a concentração nas atividades profissionais, muitas vezes em um ambiente não planejado para este fim”, conta.

E com a equipe no trabalho remoto e atividades presenciais paralisadas, o setor teve que se adaptar e, na medida do possível, transferir do presencial para o home office algumas de suas funções com o auxílio das tecnologias virtuais ao dispor da equipe. “Tivemos que explorar ao máximo as tecnologias disponíveis para viabilizar as interações entre os membros da equipe da DPT, com as demais divisões e com os usuários”, relata.

Gilvanedja Mendes, ex-gestora da Divisão de Serviços ao Usuário (DSU) até outubro deste ano [atualmente dirigida por Carlos Rolim], disse que tudo foi um grande desafio. "Primeiro, ser [a DSU] a maior divisão da Biblioteca Central em número de pessoas, atividades, especificidade dos acervos; segundo, estarmos em meio a uma pandemia com a necessidade de realizar trabalho remoto”.

Sabendo do tamanho da DSU e complexidade dos serviços por ela prestados, Gilvanedja enfatizou o planejamento estratégico para as atuações da equipe em 2021. “Num primeiro momento, mapear a divisão, suas atividades, perfis das pessoas, capacidade de trabalho, forças, fraquezas para, a partir daí, fazer as escolhas adequadas, respeitando o interesse da administração pública e as aptidões e desejos dos servidores”.

Gilvanedja lista os avanços no período de janeiro a outubro de 2021 em que geriu a DSU. “Conseguimos avançar em vários aspectos. Na composição e gestão dos grupos de trabalho; na qualificação/otimização contínua do atendimento remoto à comunidade acadêmica; na oferta mensal de treinamentos voltados às bases, acervos e periódicos digitais; na ação de recepção aos discentes da UFPB, intitulada "Pelas Trilhas da UFPB" que, juntamente com as pró-reitorias de Graduação, Pós graduação, Extensão e Pesquisa pôde apresentar as principais ações, produtos e serviços disponíveis para a comunidade acadêmica da Universidade”.

Ainda durante sua passagem pela DSU, Gilvanedja atuou como gestora da equipe de Comunicação da BC, ressaltando o trabalho realizado pela equipe. “Outro avanço importante que destaco é o trabalho que vem sendo desenvolvido pelos estagiários da DSU/BC com relação à comunicação e gestão das redes sociais da Biblioteca Central. O salto de qualidade é visível”.

Ela falou ainda sobre a importância de conhecer o ambiente organizacional da área, para que as atividades e rotinas demandadas diariamente possam resultar em desenvolvimento para o ambiente acadêmico. “É preciso conhecer bem o setor, seu potencial de recursos humanos, materiais, a conjuntura em que está inserido, para que, com planejamento, organização, escuta ativa e muito trabalho coletivo, oferecer ações, produtos e serviços que contribuam para o crescimento de cada um que atua no ensino, na pesquisa e na extensão da Universidade Federal da Paraíba”.

Jacqueline Rimá, vice-diretora da Biblioteca Central e atual gestora da Divisão de Desenvolvimento de Coleções (DDC), fez um detalhamento breve sobre o ano de 2021. “Foi um ano marcado pela cooperação, troca de informações e aprendizado mútuo no desempenho das atividades, de forma híbrida (presencial e remota), na busca de empregar de forma eficiente e eficaz os recursos disponíveis”.

Com a DDC em funcionamento remoto e presencial, Jacqueline diz como se deram as atividades presenciais, ressaltando os números por trás das operações, dando ideia da magnitude do serviço prestado pela DDC à Universidade. “Coexistiu, em meio ao material informacional (MI), uma equipe comprometida em dar celeridade às atividades de preparação do MI, mais de 3.000 títulos, e aproximadamente 20 mil exemplares, do volume total adquirido em 2020 (3.761 títulos, totalizando 21.897 exemplares) para encaminhamento às Unidades de Informação (UI) do Sistema de Bibliotecas da UFPB (Sistemoteca).

Já as atividades as atividades remotas serviram como aprendizado sobre o modo de funcionamento das novas tecnologias, em decorrência de seu massivo uso, através de reuniões online, chamadas de vídeos e tantas outros mecanismos que atualmente permeiam as relações sociais e de trabalho durante a pandemia. A atuação no remoto contou também com “elaboração de relatórios, documentos e processos, dentro e fora do Sistema Integrado de Patrimônio, Administração e Contratos (Sipac), recebimento de teses e dissertações (exceções ao auto depósito) dos discentes concluintes dos programas de pós-graduação da UFPB, apoio à Divisão de Serviços aos Usuários (DSU) no povoamento do Repositório Institucional/UFPB, entre outras atividades”, detalha.

Ainda de acordo com Jacqueline Rimá, durante o ano, dois grandes desafios de ordem logística e espacial  permeou o ambiente de atuação da divisão. “O primeiro, relacionado ao espaço físico, que demandou definição de logísticas (planejamento e execução) que permitisse tanto a preparação e envio do MI com maior celeridade às UI do Sistema de Bibliotecas, possibilitando a redução do tempo que o MI poderá ser disponibilizado para os usuários, quanto à liberação de espaço físico para recebimento das aquisições de 2021”, explicou.

Já o segundo, de ordem financeira e administrativa, impactou diretamente nos serviços prestados pela DDC. “Nosso segundo grande desafio diz respeito às novas aquisições de MI para o Sistema de Bibliotecas. As aquisições de 2021 foram realizadas com uso de saldo de empenhos 2016 e 2018 - recurso de emenda parlamentar, e 2020 – recursos do tesouro nacional, sendo executado, em quatro meses (agosto a novembro), a seleção - em conjunto com os Bibliotecários das UI do Sistema de Bibliotecas, formalização de processo, recebimento e conferência do MI e formação de processo de pagamento, o valor total R$ 994.905,68. Deste MI adquirido, já foram preparados e encaminhados às UI 181 títulos, totalizando 1.310 exemplares, os demais (2.037 títulos, totalizando 10.482 exemplares), serão objeto de trabalho em 2022”, explicou.

2021 sob o olhar estagiário

Febrânia Fernandes, estagiária da Divisão de Serviços ao Usuário (DSU) da Biblioteca Central, conta que, atuar remotamente, exigiu, além das habilidades técnicas que a área necessita, “muita proatividade, autonomia, buscando as informações para atender de forma correta às demandas dos usuários”.

Porém, o fato do estágio atualmente estar sendo realizado de forma remota, apesar das interações geradas por redes sociais, o distanciamento do trabalho ocasionado pela pandemia, segundo Febrânia, “é um trabalho um tanto quanto solitário, já que as interações se dão apenas no ambiente da tela”.

Para ela, um dos fatores positivos de ter realizado atendimentos na DSU neste ano, foi poder reconhecer a dimensão da divisão e da atuação da Biblioteca, atendendo os mais diferentes perfis de cursos e usuários(as).

Já para Tácio Costa, estagiário da Divisão de Desenvolvimento das Coleções (DDC), atualmente desenvolvendo atividades presenciais, a experiência do estágio presencial tem sido de muito desenvolvimento, alinhando o que aprende em sala de aula com a parte prática. “Está sendo muito gratificante e recompensador no quesito experiência, pois estou vendo algumas coisas que já vi em algumas aulas, não só por parte da Biblioteconomia, mas também administrativas, e conhecendo várias outras coisas novas referentes à minha área de estudo”, conta.

Quanto às dificuldades encontradas durante esse período, diferente do que já fora relatado, ele conta que o fator de deslocamento ao campus aparece como obstáculo para a sua atuação. “Moro em uma cidade mais para o interior do estado da Paraíba [Mari], e por questões financeiras, acaba dificultando a minha locomoção, por conta dos preços das passagens”.

Apesar de tais dificuldades, Tácio avalia como positiva a experiência que vem ganhando no estágio e os cuidados sanitários da Biblioteca Central contra a Covid-19. “A atuação presencial está indo bem a meu ver, pessoas legais, bom convívio no ambiente de trabalho e respeito às normas implementadas na pandemia”.

Texto: Marcus  Martins (estagiário)

Foto: Angélica Gouveia (Ascom/UFPB)